O sonho ainda não acabou - A vida ao lado de Deus - Parte 4
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A vida ao lado de Deus - Parte 4
Antes de iniciar a leitura, você já leu os capítulos anteriores? Se não acompanhou segue o início do livro logo abaixo:
Eu havia aprendido muitas coisas nos meus estudos sobre as leis universais, e principalmente sabia perfeitamente que nossas vidas são dirigidas por nossos pensamentos.
Tenha cuidado com o que você pensa, pois sua vida é dirigida pelos seus pensamentos. - Provérbios 4:23
Sabendo disso e vendo minha vida desmoronando diante dos meus olhos mesmo estando na presença de Deus, me questionei: "O que eu tenho pensado, no que eu tenho me concentrado para criar tudo isso em minha vida?" Diante a tudo isso pode parecer que Deus não estava comigo, mas estava, se não eu certamente teria desistido. Eu O via nos detalhes, quando realmente não tinha solução Ele trazia uma saída e assim eu ia tendo força para persistir. Porém, houve o momento que eu pensei: "Chega, eu preciso e vou mudar essa situação. Vou fazer uma mudança drástica igual fiz em 2016 quando decidi conhecer a Deus. Isso tem que acabar!"
Assim como fiz no final de 2015 quando escrevi como queria que minha vida fosse, fiz novamente diante a situação que estava enfrentando, mas com algumas diferenças: escrevi como se já tivesse alcançado a vida que eu queria viver e não fiz planos para um futuro distante, apenas reescrevi cada área da minha vida, como eu gostaria que elas fossem naquele momento, e em formato de narrativa. Eu não queria nada de mirabolante, minha vida estava tão bagunçada que eu não tinha coisas simples e dignas de qualquer ser humano, como um armário cheio ou com um mínimo de mantimento possível. Porque o meu estava literalmente vazio!
Escrevi uma história como se já tivesse acontecido nos mínimos detalhes, incluindo todas as áreas da minha vida, exceto a questão do rapaz que eu gostava na época, pois eu sabia que tinha que eliminar essa parte. Após escrever decidi que até o dia de entregar o propósito, todo dinheiro que eu conseguisse gerar eu ia entregar no Altar de Deus, e que iria viver cada dia até o dia da entrega do propósito trabalhando para tornar aquela visão, aquela história que havia escrito, em fatos reais.
No primeiro dia me senti inútil, parecia ridículo tudo o que eu fazia. Eu tinha a sensação de não estar fazendo nada, e dava vontade de deixar tudo pra lá. Eu tinha medo de tudo acabar sendo em vão e no final não dar em nada, mas me mantive firme e fui contra meus medos. Foi difícil, mas praticamente milagrosamente fui conseguindo gerar o dinheiro para cumprir o propósito, e o mais pesado era ver tudo faltando dentro de casa e não poder fazer nada, porque eu tinha que cumprir o propósito . Era meu tudo pelo tudo de Deus, e assim o fiz.
A guerra continua
Cumpri meu propósito e sabia que Deus iria agir, amenos que Ele fosse uma mentira, e eu sabia que não era. As coisas começaram a dar certo, consegui gerar cerca de seiscentos reais, em aproximadamente duas semanas. Para quem não tinha nada no armário da cozinha era um valor significativo e surpreendente para conseguir em pouco tempo. Porém logo após cumprir o propósito passei pela prova de fogo.
Como dito, apesar de tudo eu estava numa época maravilhosa com Deus, tive momentos incríveis, o projeto que eu tomava conta e ainda tomo atualmente até o presente momento, estava na sua melhor época, e tenho muita saudade desse fato em especial. Deus era minha fonte de alegria e paz diante a tanta guerra. Por conta disso eu estava prestes a ser levantada a obreira da igreja, e entrar num grupo especial para as mulheres, cujo o qual era necessário realizar algumas tarefas e se preparar para participar. Estava praticamente tudo certo, porém até o que era para dar certo deu errado.
O primeiro desafio que tive que enfrentar para conseguir entrar na obra foi escolher entre ter um blog que eu tinha na época, que embora cristão, eu teria que renunciar, segundo os pastores da minha igreja. Meu caso foi levado à direção principal da igreja, onde foi decidido que eu poderia permanecer com o blog e entrar no grupo e na obra sem ter que renunciar. Fiquei imensamente feliz, porque haviam me desanimado tanto, via o prazer de algumas pessoas em saber que eu teria que desistir do meu blog.
Estava tudo certo, porém fui barrada na porta. Come disse eu estava enfrentando todos esses problemas pessoais, e segundo as autoridades da igreja eles não me impediam de entrar na obra, até porque eu estava na fé, e em nenhum momento isso me impediu de servir a Deus com prazer, mas por conta da minha saúde fui impedida de entrar no grupo das mulheres, porque teria que estar presente em todas as reuniões e como eu estava em tratamento médico não poderia estar presente nas reuniões marcadas, então fui aconselhada a tratar do problema da saúde para entrar posteriormente.
Ok, grupo das mulheres fora, mas na obra estou dentro, certo? Certo! Estava indo tudo bem, até eu entregar o propósito no Altar e toda situação ter uma piora significativa.
O assalto
Nesse dia eu acho que já estava pressentindo. Lembro-me que nesse dia tive uma reunião na igreja, na Av. João Dias, em São Paulo, e lembro-me também que neste dia havia um rapaz muito estranho no ponto de ônibus falando comigo e minha irmã, e por algum, motivo comecei a pensar sobre assalto. "Como eu reagiria se fosse assaltada?" Lembro-me que pensei "Será que se eu falasse para o bandido manifestar com o demônio, ele manifestaria?" (risos) Por conta da situação financeira, eu havia hesitado em ir à reunião, eu estava sem dinheiro e estava muito preocupada com a situação em casa, mas resolvi ir assim mesmo. Ao chegar em Santo Amaro, um bairro próximo ao bairro da igreja que estávamos indo naquela noite, encontrei uma moça que estava me devendo cinquenta reais. Vi completamente o agir de Deus naquele momento, pois de fato estava faltando tudo dentro de casa, e eu havia decidido gastar meu único centavo na passagem, para ir com minha irmã até a reunião.
Chegamos na igreja, participamos da reunião e voltamos para casa. O caminho é contra mão, são necessários dois ônibus para chegar em casa. Pegamos o segundo ônibus e viemos conversando. Lembro-me que estávamos muito concentradas no assunto em que estávamos falando. O ônibus parou num dos pontos e um rapaz, estranho, pediu carona ao motorista que consentiu. E nesse mesmo ponto entrou outros passageiros pela porta da frente, normalmente. Esse que pediu carona sentou-se ao meu lado, pulando apenas dois assentos, estávamos sentadas no fundo do ônibus. Olhei para o tal rapaz, ele olhou para mim com o olhar estranho e depois de alguns segundos ele mudou-se para outro banco vazio do ônibus.
Continuei a conversa com minha irmã, quando de repente vejo um dos passageiros que entrou no mesmo ponto que o tal rapaz, com uma arma na mão apontando para um dos passageiros do ônibus, de forma discreta.
Eu não sei o que eu pensei exatamente na hora, não tive medo de levar um tiro e morrer, não me desesperei, apenas me preparei para enfrentar aquele momento terrível. Logo outro rapaz e esse tal rapaz estranho começou a coagir os outros passageiros, apontando a arma e dizendo:
- Vai, passa o celular!
Até que infelizmente chegou a nossa vez de ter que entregar nossos celulares. Eu estava pedindo a Deus para tudo aquilo acabar logo, para que nada de pior acontecesse. O bandido começou a gritar comigo e minha irmã, acho que pela nossa cara de plenitude e tranquilidade. Creio que ele queria que estivéssemos em pânico.
Aquele momento realmente chato acabou, e eu fiquei aérea com a situação, sem esboçar nenhuma reação. Fiquei assimilando as coisas sem entender o que estava sentindo. A mulher chorando desesperada, todo mundo comentando sobre o ocorrido e eu fora do ar.
Meu celular era novinho, tinha apenas cinco meses de uso, e eu não tinha nem terminado de pagar ele. Imagina só, na situação desgastante que eu estava, pagar um celular que eu nem tinha mais. Fiquei muito chateada, mas estava forte e por algum motivo sem cabimento eu sabia que de alguma forma iria conseguir outro. Eu realmente estava conformada e com uma fé de que era Deus agindo em algo, por mais que não parecia ter sentido nenhum, eu realmente estava em paz, não estava feliz, mas tinha paz.
Chegamos em casa, com os cinquenta reais que a moça havia pagado no caminho para a igreja, e a situação estava tão crítica naquele dia, que estava feliz por eles não terem levado o dinheiro. Contamos a notícia triste a nossos pais e obviamente eles também ficaram bem chateados com a situação. Lembro-me que a noite orei pelos bandidos (risos). Parece loucura, mas eu orei para que um dia eles percebessem e saíssem dessa vida.
Minha saúde também não estava legal na época, estava sendo o início de uma batalha que iria durar por aproximadamente 2 anos, e eu não fazia ideia. Para mim era apenas uma fase ruim e complicada, mas que não fosse ser tão duradoura, afinal sofri muito com minha saúde, então pensei: "ah, é apenas mais uma fase ruim. Logo passa." Mas foi bem diferente do que pensei. Falarei melhor sobre essa parte posteriormente.
Escrevi uma história como se já tivesse acontecido nos mínimos detalhes, incluindo todas as áreas da minha vida, exceto a questão do rapaz que eu gostava na época, pois eu sabia que tinha que eliminar essa parte. Após escrever decidi que até o dia de entregar o propósito, todo dinheiro que eu conseguisse gerar eu ia entregar no Altar de Deus, e que iria viver cada dia até o dia da entrega do propósito trabalhando para tornar aquela visão, aquela história que havia escrito, em fatos reais.
No primeiro dia me senti inútil, parecia ridículo tudo o que eu fazia. Eu tinha a sensação de não estar fazendo nada, e dava vontade de deixar tudo pra lá. Eu tinha medo de tudo acabar sendo em vão e no final não dar em nada, mas me mantive firme e fui contra meus medos. Foi difícil, mas praticamente milagrosamente fui conseguindo gerar o dinheiro para cumprir o propósito, e o mais pesado era ver tudo faltando dentro de casa e não poder fazer nada, porque eu tinha que cumprir o propósito . Era meu tudo pelo tudo de Deus, e assim o fiz.
A guerra continua
Cumpri meu propósito e sabia que Deus iria agir, amenos que Ele fosse uma mentira, e eu sabia que não era. As coisas começaram a dar certo, consegui gerar cerca de seiscentos reais, em aproximadamente duas semanas. Para quem não tinha nada no armário da cozinha era um valor significativo e surpreendente para conseguir em pouco tempo. Porém logo após cumprir o propósito passei pela prova de fogo.
Como dito, apesar de tudo eu estava numa época maravilhosa com Deus, tive momentos incríveis, o projeto que eu tomava conta e ainda tomo atualmente até o presente momento, estava na sua melhor época, e tenho muita saudade desse fato em especial. Deus era minha fonte de alegria e paz diante a tanta guerra. Por conta disso eu estava prestes a ser levantada a obreira da igreja, e entrar num grupo especial para as mulheres, cujo o qual era necessário realizar algumas tarefas e se preparar para participar. Estava praticamente tudo certo, porém até o que era para dar certo deu errado.
O primeiro desafio que tive que enfrentar para conseguir entrar na obra foi escolher entre ter um blog que eu tinha na época, que embora cristão, eu teria que renunciar, segundo os pastores da minha igreja. Meu caso foi levado à direção principal da igreja, onde foi decidido que eu poderia permanecer com o blog e entrar no grupo e na obra sem ter que renunciar. Fiquei imensamente feliz, porque haviam me desanimado tanto, via o prazer de algumas pessoas em saber que eu teria que desistir do meu blog.
Estava tudo certo, porém fui barrada na porta. Come disse eu estava enfrentando todos esses problemas pessoais, e segundo as autoridades da igreja eles não me impediam de entrar na obra, até porque eu estava na fé, e em nenhum momento isso me impediu de servir a Deus com prazer, mas por conta da minha saúde fui impedida de entrar no grupo das mulheres, porque teria que estar presente em todas as reuniões e como eu estava em tratamento médico não poderia estar presente nas reuniões marcadas, então fui aconselhada a tratar do problema da saúde para entrar posteriormente.
Ok, grupo das mulheres fora, mas na obra estou dentro, certo? Certo! Estava indo tudo bem, até eu entregar o propósito no Altar e toda situação ter uma piora significativa.
O assalto
Nesse dia eu acho que já estava pressentindo. Lembro-me que nesse dia tive uma reunião na igreja, na Av. João Dias, em São Paulo, e lembro-me também que neste dia havia um rapaz muito estranho no ponto de ônibus falando comigo e minha irmã, e por algum, motivo comecei a pensar sobre assalto. "Como eu reagiria se fosse assaltada?" Lembro-me que pensei "Será que se eu falasse para o bandido manifestar com o demônio, ele manifestaria?" (risos) Por conta da situação financeira, eu havia hesitado em ir à reunião, eu estava sem dinheiro e estava muito preocupada com a situação em casa, mas resolvi ir assim mesmo. Ao chegar em Santo Amaro, um bairro próximo ao bairro da igreja que estávamos indo naquela noite, encontrei uma moça que estava me devendo cinquenta reais. Vi completamente o agir de Deus naquele momento, pois de fato estava faltando tudo dentro de casa, e eu havia decidido gastar meu único centavo na passagem, para ir com minha irmã até a reunião.
Chegamos na igreja, participamos da reunião e voltamos para casa. O caminho é contra mão, são necessários dois ônibus para chegar em casa. Pegamos o segundo ônibus e viemos conversando. Lembro-me que estávamos muito concentradas no assunto em que estávamos falando. O ônibus parou num dos pontos e um rapaz, estranho, pediu carona ao motorista que consentiu. E nesse mesmo ponto entrou outros passageiros pela porta da frente, normalmente. Esse que pediu carona sentou-se ao meu lado, pulando apenas dois assentos, estávamos sentadas no fundo do ônibus. Olhei para o tal rapaz, ele olhou para mim com o olhar estranho e depois de alguns segundos ele mudou-se para outro banco vazio do ônibus.
Continuei a conversa com minha irmã, quando de repente vejo um dos passageiros que entrou no mesmo ponto que o tal rapaz, com uma arma na mão apontando para um dos passageiros do ônibus, de forma discreta.
Eu não sei o que eu pensei exatamente na hora, não tive medo de levar um tiro e morrer, não me desesperei, apenas me preparei para enfrentar aquele momento terrível. Logo outro rapaz e esse tal rapaz estranho começou a coagir os outros passageiros, apontando a arma e dizendo:
- Vai, passa o celular!
Até que infelizmente chegou a nossa vez de ter que entregar nossos celulares. Eu estava pedindo a Deus para tudo aquilo acabar logo, para que nada de pior acontecesse. O bandido começou a gritar comigo e minha irmã, acho que pela nossa cara de plenitude e tranquilidade. Creio que ele queria que estivéssemos em pânico.
Aquele momento realmente chato acabou, e eu fiquei aérea com a situação, sem esboçar nenhuma reação. Fiquei assimilando as coisas sem entender o que estava sentindo. A mulher chorando desesperada, todo mundo comentando sobre o ocorrido e eu fora do ar.
Meu celular era novinho, tinha apenas cinco meses de uso, e eu não tinha nem terminado de pagar ele. Imagina só, na situação desgastante que eu estava, pagar um celular que eu nem tinha mais. Fiquei muito chateada, mas estava forte e por algum motivo sem cabimento eu sabia que de alguma forma iria conseguir outro. Eu realmente estava conformada e com uma fé de que era Deus agindo em algo, por mais que não parecia ter sentido nenhum, eu realmente estava em paz, não estava feliz, mas tinha paz.
Chegamos em casa, com os cinquenta reais que a moça havia pagado no caminho para a igreja, e a situação estava tão crítica naquele dia, que estava feliz por eles não terem levado o dinheiro. Contamos a notícia triste a nossos pais e obviamente eles também ficaram bem chateados com a situação. Lembro-me que a noite orei pelos bandidos (risos). Parece loucura, mas eu orei para que um dia eles percebessem e saíssem dessa vida.
Saúde a maior de todas as riquezas
Minha saúde também não estava legal na época, estava sendo o início de uma batalha que iria durar por aproximadamente 2 anos, e eu não fazia ideia. Para mim era apenas uma fase ruim e complicada, mas que não fosse ser tão duradoura, afinal sofri muito com minha saúde, então pensei: "ah, é apenas mais uma fase ruim. Logo passa." Mas foi bem diferente do que pensei. Falarei melhor sobre essa parte posteriormente.
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