O sonho Ainda Não Acabou - Iniciando uma mudança de vida - Parte 06
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Escrevendo uma nova história
Terminei com Ramon em novembro de 2015, lembro-me que em dezembro decidi comprar dois cadernos simples na lojinha de 1,99 e em um deles escrevi como eu gostaria que minha vida fosse em cada área de minha vida. Escrevi tudo em detalhes, vida financeira, sentimental, espiritual, familiar, social, profissional, saúde, etc. Lembro-me que demorei alguns dias para terminar de escrever tudo, mas valeu a pena. Esse exercício me deu uma perspectiva de vida e me fez enxergar o que eu realmente esperava da vida e me fez perceber que eu não estava vivenciando as experiências que gostaria.
No outro caderno escrevi tudo que havia aprendido sobre as leis do universo capazes de transformar nossas vidas se soubermos utilizá-las. Na época eu não sabia nada comparado a hoje, mas acredito que o suficiente para dar os primeiros passos rumo a uma nova história.
Decidi que começaria o ano de 2016 de maneira diferente e que iria buscar um caminho para me tornar quem eu gostaria de ser. Eu ainda sofria com meu término com o Ramon, mas não tinha volta, eu realmente estava decidida a fazer uma mudança.
Essa decisão não veio do nada, lembro-me que assim que terminamos eu ainda relutei em dar fim a tudo aquilo, mesmo sendo traída, eu cogitei em dar outra chance. Eu realmente tinha medo do novo, não estava preparada para ficar só e construir alguma coisa. Eu estava sofrendo durante aquele relacionamento sem futuro, mas estava confortável, me agarrava nos momentos legais e fantasiava todo o óbvio.
Durante todo meu relacionamento com o Ramon, tudo o que fiz foi tentar mudá-lo, e após terminarmos ele me mostrou ter mudado tudo que eu lutei durante os dois anos de namoro. Creio que tenha feito isso para me provocar. Uma das coisas que mais pedia para ele fazer era cortar o cabelo. Ele tinha cabelos longos, nada agradável. Não sou contra homens de cabelos longos, muito pelo contrário, acho até legal, mas ele definitivamente não combinava com aqueles cabelos, realmente não era legal e não era só eu quem achava isso, todos tinham a mesma opinião, exceto ele, é claro. Muitos até o zuavam pelos seus cabelos, riam dele e isso me deixava muito chateada.
Assim que terminamos, cortar o cabelo foi uma das primeiras coisas que ele fez, juntamente com mudar completamente o estilo roqueiro para evangélico, social. Além de me dizer ter se tornado crente e que não podíamos ficar juntos, porque eu era uma mundana. Ele disse isso! Dá para acreditar? (Risos)
O Cenário foi completamente mudado. Era sempre eu quem ficava por cima da situação e pela rejeição dele eu me sujeitei a praticamente implorar que ele voltasse comigo. Não sei o que eu tinha na cabeça, só sei dizer que eu por algum instante achei que aquela mudança externa era real, e que talvez eu tivesse conseguido transformar ele em quem eu tinha tentado transformar durante nosso período de namoro.
Diante a tanta humilhação tive um pouco de senso. Resolvi fazer uma ligação definitiva, assim como a carta que fiz ao Wanderson, e nesse telefonema ele simplesmente me colocou para baixo, acho que ele estava se sentindo a última bolacha do pacote, vendo a donzela que sempre se manteve no salto se rastejando igual minhoca pisada. E aí eu decidi parar. Aleluia! Foi a partir desta ligação que fiz a citação acima, comprei dois cadernos na lojinha de 1,99 próxima a minha casa e decidi que iria escrever uma nova história.
Deus? Quem é Ele?
Comecei a focar em mim mesma, e um desejo que eu tinha era começar uma vida com Deus. Era uma necessidade que eu tinha dentro de mim, ter uma vida em paz, que preenchesse meu vazio. Cresci numa família católica, e ia a igreja esporadicamente. Eu não tinha uma vida com Deus, sabia que Ele existia, mas era muito superficial. Não havia uma comunhão, não tinha uma entrega, era apenas uma crença de que existia um Deus para me guardar, proteger e realizar meus desejos, talvez, mas eu não seguia Sua palavra, mal sabia o que havia escrito na Bíblia e vivia de forma fútil.
Eu queria ser como muitos. Sabia que tinha pessoas com uma vida diferente da minha, que pareciam ter uma intimidade maior com esse tal Deus. Que não viam Ele apenas como um socorro, mas como um amigo que estavam com elas em todos os momentos. Foi aí que decidi procurar por Ele e saber mais sobre o que havia descoberto no livro que descobri no ano de 2012, lembra? Aquele que achei na biblioteca da escola.
Quem procura acha
Pesquisei sobre várias igrejas na internet, assisti diferentes canais sobre fé e religião na televisão e resolvi visitar alguns dequeles lugares. Eu precisava mudar de vida e uma das coisas que eu desejava e que havia escrito no meu caderno era que eu queria ter uma vida com Deus, e esse foi o meu primeiro passo assim que o ano virou, de 2015 para 2016.
Fui na igreja que minha grande amiga Estephane Brito frequentava na época, Deus é Amor. Fui no intuito de conhecer, achei legal, mas fui apenas conhecer. Depois fui na Seicho no Ié, uma filosofia de vida indicada por uma amiga da época, achei muito legal, se assemelhava bastante com os ensinamentos referente a lei da atração, cuja a qual é uma lei que amo estudar e que falaremos sobre posteriormente. E em seguida fui na igreja Universal do Reino de Deus.
Em menos de um mês eu havia ido visitar quatro instituições religiosas diferentes, contando com a igreja católica cujo a qual eu frequentava desde meu nascimento. No intuito de ver onde eu me sentiria bem, onde eu não iria ser empurrada a acreditar e seguir o que sei que não me faria bem. E essas visitas foram o suficiente para eu decidir onde iria permanecer para tentar achar esse Deus.
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