Você não pertencerá a um mundo se não se der ao menos o trabalho de entrar nele.

Eu queria realmente saber como era ter essa tal vida com Deus, então comecei a acompanhar um canal cristão que hoje em dia não existe mais. Eu achava lindo a maneira como aquela moça jovem falava, parecia ter a minha idade e tudo que eu queria era me tornar alguém semelhante a ela. Parecia tão genuíno e verdadeiro.
Assisti os poucos vídeos que tinham naquele canal, e um vídeo me chamou muita atenção. Era um vídeo sobre relacionamentos, onde a dona do canal contava sobre os relacionamentos dela. Mas o que me chamou a atenção foi a conclusão do vídeo, onde ela mencionava que parou de procurar curar as feridas dela em relacionamentos e começou a namorar com Jesus. Eu definitivamente achei isso incrível, tão incrível que entrei em contato com ela. Não sei escrever o nome da tal moça, ela tem um sobrenome diferente, só sei que a conhecia como Mari. Bom, o fato é que conversamos por um tempo, e ela me inspirou bastante. Que Deus a abençoe grandemente, sempre!


Decidi adotar aquele pensamento de namorar com o Senhor Jesus, então comecei a paquerá-Lo.
Não sei exatamente a ordem em que as coisas aconteceram, só sei que a minha visita a Igreja Universal do Reino de Deus foi um marco na minha vida. Eu já havia ido lá uma vez na minha adolescência, fui por um convite de uma amiga que estudou comigo na escola anos atrás, mais precisamente na minha infância. Mas essa segunda vez que fui por conta própria foi um verdadeiro marco.
Lembro-me como se fosse hoje, num domingo à noite, meados das dezoito horas. Fui acompanhada de uma amiga, não quis ir só. Chegamos a igreja, sentamos nas cadeiras dos fundos e assistimos a reunião. A verdade é que não me lembro de nada do que foi dito naquela noite, mas me recordo muito bem da oração que fiz. Eu disse a Deus que eu só queria conhecê-Lo, e que eu iria permanecer na minha religião, aquela onde cresci, mas que não iria me forçar a crer e a fazer o que fugia dos meus princípios, e que se fosse errado, que Ele me perdoasse.
A reunião acabou e então eu e minha amiga nos dirigimos a saída. Quando fomos abordadas por um rapaz muito alegre, simpático e de boa aparência. Esse nos fez um convite para participarmos de uma reunião dos jovens e nos apresentou um pouco dos projetos que tinha na igreja, além de pegar nossos números de telefone para manter contato.

Alguns dias se passaram e aos poucos eu comecei a frequentar com mais frequência a Igreja Universal. De início eu estava dividida se permanecia com minha família na católica, ou se ficava de vez na Universal. Aquele rapaz, Lucas o nome dele, manteve o contato comigo e com minha amiga e sempre nos convidava para as reuniões, o que me ajudou muito. Aos poucos fui vendo o quanto me sentia bem indo a IURD até que deixei de vez a igreja católica.

Não quero de maneira alguma uma discussão sobre religião, crenças religiosas, etc. Só estou contando minha história, e foi assim que aconteceu. Visitei mais três instituições, mas foi na Universal que me achei, isso foi algo particular meu, é certo de que cada um deve permanecer naquilo que te faz bem.

De início não foi fácil deixar a igreja católica, eu cresci lá, era batizada, crismada, só faltei casar. Não foi fácil lidar com os julgamentos dos meus vizinhos que na grande maioria pertenciam e pertencem a mesma igreja que eu frequentava na minha infância e adolescência. E principalmente foi estranho dizer a mim mesma que eu estava mudando de igreja, era mudar completamente meus paradigmas, mudar aquilo que me foi ensinado a vida inteira até aquele momento. Eu tinha 20 anos de idade na época então tecnicamente estava mudando um aprendizado de 20 anos.