Ah, o primeiro amor... Não tem nada mais maravilhoso! Eu me entreguei de corpo e alma nos ensinamentos e em pouco tempo consegui iniciar meu tão almejado namoro com Cristo. Tudo era tão puro... As pessoas daquela igreja realmente me inspiravam muito. Eu via pessoas de fé, com um caráter diferente, uma garra diferente, uma maneira de falar diferente... Tudo era muito diferente e eu achava tudo muito lindo e incrível.

A vigília
Um marco importante foi a primeira vigília que frequentei na minha vida. A essas alturas eu já tinha aproximadamente uns dois ou três meses de igreja no máximo. Lembro-me que a vigília era para quem já tinha um tempo a mais de igreja, e eu só consegui ir pela minha insistência.
Com pouquíssimo tempo de igreja eu através da minha mudança notória despertei o interesse de minha mãe e irmã a conhecerem a igreja. E nessa ocasião fui acompanhada da minha preciosa irmã.
Que vigília! Era uma sensação tão estranha e gostosa ao mesmo tempo. Minha alma parecia finalmente ter achado o lugar dela e minha mente tentava assimilar as coisas. Era lindo ver aqueles jovens cantando em coro e mais lindo ainda era olhar em volta e ver todos cantando não com a boca, mas com a alma. Eles choravam, era possível ver amor, entrega saindo daquele coro e eu só queria ser um deles, mas não apenas por ser, eu queria ter o que muitos deles tinham: O Espirito Santo.
Lembro-me que voltamos para casa naquela manhã realmente "bugadas". Era uma sensação realmente estranha, que não sei explicar, só sei que eu queria muito tudo aquilo.

De fato, comecei a ter um namoro com Cristo. Me converti e não parecia mais a mesma pessoa em vários aspectos. Meu foco agora era me casar com Jesus, recebendo o Espírito Santo e não descansei até consegui conquistar minha aliança de casamento.

O Casamento
Me casei com Cristo em 1 Julho de 2016. Nunca irei esquecer daquela noite. Foi numa quarta-feira, numa reunião de busca ao Espirito Santo, lembro-me perfeitamente como tudo aconteceu. É tão gostoso lembrar de tudo... Me recordo até da roupa que usava: uma saia longa com uma blusa de lã. Não estava nos meus melhores dias de look. Fomos à igreja da João Dias, eu, minha mãe e irmã. Naquela época estava ocorrendo um propósito chamado A Noite do Noivo, perfeito, porque eu certamente naquela ocasião era a noiva se esforçando o máximo para ser perfeita. A palavra daquela noite foi sobre a parábola das 10 virgens.
Lembro-me quando o Bispo Edir Macedo, através do vídeo conferencia, disse para os não batizados com o Espirito Santo irem a frente do altar buscar o Batismo com o Espírito Santo. E ali eu Busquei como se não houvesse o amanhã, eu nunca fui tão sincera em toda a minha vida.
Perguntei a Deus o que Ele ainda queria que eu fizesse para receber o Espirito dEle, eu realmente já não sabia mais o que fazer. Era tudo o que eu mais queria, não via mais o que eu poderia fazer para conquistar tal objetivo. Eu chorava e implorava para receber. Eu não sabia como iria saber que recebi, sempre ouvi dizer que eu apenas iria saber, de fato acho que não me preocupei muito com isso na hora em que estava ali buscando, eu só queria receber sem me preocupar em como saberia que recebi.

Em certo momento minhas palavras praticamente acabaram, eu não tinha mais o que dizer, então minha mente começou a querer se distrair com uma pequena poça de lágrimas que vi no chão. Percebi que minha mente estava se dispersando e ao perceber voltei ao raciocínio de buscar palavras onde já não tinha mais.

As luzes se apagaram e eu decidi me ajoelhar diante do Altar. Eu estava ali, literalmente grudada a parede do Altar. Eu não tinha mais o que dizer então comecei a dizer para Deus o porquê eu queria tanto receber o Espirito Santo. Ao fazer isso as palavras ressurgiram. Eu implorava e repetia: por favor...   Minha voz mal saia, eu falava em sussurros, num tom de voz lento e tirando do mais íntimo do meu ser cada palavra. Difícil descrever com exatatidão. Até que algo inexplicável aconteceu.

Fui interrompida. Lembro como se fosse hoje, eu estava ali, grudada na parede do Altar, agachada, quando senti uma interrupção nas minhas palavras ao ponto de cair sentada no chão completamente em prantos. Algo completamente novo e diferente se apoderou de mim, era uma sensação tão boa, tão maravilhosa que é impossível descrever. Era apenas uma certeza dentro de mim que gerava algo realmente indescritível. Não consegui dizer mais nada além de: Obrigada. Eu recebi, obrigada... Repetidamente enquanto chorava igual uma criança. Ali eu entendi o que era receber o Espirito Santo.