O Sonho Ainda Não Acabou - Iniciando uma mudança de vida - Parte 04

by - janeiro 25, 2020


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O-Sonho-Ainda-Não-Acabo-Iniciando-uma-mudança-de-vida

O-Sonho-Ainda-Não-Acabo-Iniciando-uma-mudança-de-vida Namorei com Ramon por um considerável tempo, não me recordo quantos anos exatamente, mas acredito que uns 2 anos. Foi uma época bem embaraçosa, ele tinha muitos hábitos, costumes e ideias que fugiam completamente do meus princípios, ao ponto de me constranger diante das pessoas. Brigávamos muito por esse motivo e durante todo nosso namoro eu tentei mudá-lo, tentei transformá-lo na pessoa que eu queria que ele fosse. Eu era realmente manipuladora e mandona, talvez pela criação que ele teve parecíamos ter os papéis invertidos, onde eu era o homem da relação. Não quero aqui ter uma posição feminista ou machista, não quero nem entrar nessa discussão desnecessária, mas eu realmente era a provedora das coisas, eu realmente sentia falta de me sentir segura com ele. Talvez pela minha ingenuidade da época, eu sentia falta de coisas simples e talvez insignificantes, mas que eu observava nos relacionamentos alheios e eu não tinha no meu.  Eu esperava uma atitude madura, sabe? Um: “vamos juntar dinheiro para construir algo no futuro”, ou um simples: “amor, estou trabalhando”. Ele nunca quis trabalhar, sempre arrumou mil desculpas e isso fazia com que eu visualizasse um futuro ainda mais desastroso caso cogitasse prosseguir a um futuro casamento com ele. Mas eu sempre soube que isso não iria acontecer, ao menos que eu permitisse continuar sendo levada contra a maré como tinha feito até aquele presente momento.

Eu certamente não cogitava de fato um casamento, mas temia que isso acabasse acontecendo. Hoje percebo o quantos estávamos sendo escravos dos fatos, do medo e da zona de conforto. Estávamos acostumados com a situação, por mais que no fundo sabíamos que tudo aquilo não teria futuro satisfatório.
Eu era muito ignorante, não tinha conhecimento algum. Sou a filha mais velha e só tenho uma irmã, eu não tinha exemplos a seguir, nunca fui próxima dos meus outros familiares (alem dos meus pais e irmã), então não é de se estranhar que eu fizesses escolhas tão inconsequentes, e que tivesse tantas dúvidas referente ao que eu realmente iria fazer com minha vida. Para resumir nossa história acabou de uma forma bem inusitada, ele me traiu comigo mesma. Falarei sobre isso posteriormente.
Hoje acho tudo muito engraçado realmente, não o julgo, não tenho uma imagem ruim dele e acredito que com esse tempo ele tenha amadurecido, assim como eu. Passar por tudo isso na época foi realmente tenso, hoje só consigo ver uma história muito hilária, uma amizade muito genuína e muitos aprendizados. Foram aproximadamente dois anos de muitas páginas realmente divertidas, dramáticas, engraçadas com um final sofrido que depois me tornou a pessoa mais feliz que eu poderia me torrnar.

O ponto final em um novo começo
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Terminamos em novembro de 2015.  Nessas alturas eu já havia aprendido a amá-lo pela convivência. Não da maneira que amei o Wanderson, mas ele fazia parte literalmente da minha vida. Apesar das irritações que passei com ele, posso afirmar que ele era um cara legal, falso talvez, ou ingênuo demais... Mas legal. Apesar de tudo nunca o odiei, muito pelo contrário, meus sentimentos por ele hoje é leve e vazio, um passado que passou, mas que foi um degrau para mim.
A história de nosso término é uma história curiosa de se relembrar. Já mencionei várias vezes o quanto acho essa história engraçada? (Risos) Terminamos a partir da traição dele comigo mesma. Ele tinha um histórico de tentar me trair, e eu sempre soube disso, então decidi criar um perfil fake e testá-lo. Eu era a especialista em perfis fakes, aprendi o suficiente a como fingir ser quem eu não era com minha perseguição desnecessária com o Wanderson. Não vou entrar em detalhes, mas criei o fake, Raquele Santana, nutri uma conversa amigável, depois um flerte e por fim marquei um encontro. Ele foi pego em fragrante se encontrando comigo mesma, com direito à provas de todas as conversas com a tal fake e as confissões comprometedoras sobre como ele se sentia com quem ele dizia amar. Não sou vítima, nem a bandida da história, sou apenas a personagem principal.
Sei que ele se sentia pressionado com a Lilian manipuladora que eu era, tentando tornar ele em algo que ele não queria ser. As coisas poderiam ter sido diferentes desde o momento que conheci o Wanderson, mas essa foi a história que escrevi com minhas atitudes e escolhas erradas.

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