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Por que contei essa história? Porque ela foi um grande marco para mim, foi um dos momentos mais complicados que já enfrentei. Mas talvez sem ele eu não tivesse seguido os caminhos que segui para chegar onde cheguei. Eu realmente não parei de errar aí, muito pelo contrário, cometi um erro que considero ainda pior, que irei mencionar posteriormente, mas hoje sou grata a todos esses momentos de aprendizados. Nunca fui de baladas, drogas, bebidas, nunca gostei de nada disso, mas tive um problema que tem sido muito comum nos jovens de hoje em dia: a depressão. Foi na adolescência que a minha história de vida realmente começou, pois foi a época que enfrentei um dos problemas existenciais mais tristes. Sim, minha infância contou muito no meu aprendizado, afinal é na infância que moldamos nosso subconsciente, nossas crenças e paradigmas. Não tive uma infância tão fácil, passei por vários problemas de saúde, inúmeras internações e diversos conflitos escolares no ensino fundamental. Foi uma época sofrida também, embora eu tenha crescido num lar feliz e acolhedor, tive meus conflitos da infância, mas foram os da adolescência que me fizeram chegar ao conhecimento mais importante da minha vida. 

Na época do episódio do Wanderson eu estava cursando o segundo ano do ensino médio, numa escola que, embora pública, era uma das melhores escolas, que exigia bastante de mim e me fazia ter a consciência de que quando acabasse o ensino médio eu teria que decidir o que eu iria fazer da minha vida. A infância tinha ido embora, minha adolescência estava sendo complicada por um medo do futuro e um amor não correspondido e eu me via perdida. E foi nessa época que encontrei um livro que deu início a uma posterior mudança de vida, um conhecimento realmente valioso. Conhecimento esse que só fui começar a colher os frutos anos mais tarde, por volta dos meus 20 anos de idade.

O poder por trás da decisão

Decidir é o primeiro passo para uma mudança realmente significativa. Após o episódio de sofrimento com o Wanderson, eu decidi que aquilo tinha que ter um fim. Não foi fácil, eu ainda o amava, mas eu realmente percebi que não tinha mais o que se fazer. Foi aí que decidi escrever uma carta definitiva para ele. Nunca tive uma resposta referente a essa carta, a única coisa que sei é que ele a guarda até hoje para a minha vergonha (risos). Mas sei também que o silêncio dele foi a resposta para uma nova atitude da minha parte. Não disse que foi uma atitude sábia, mas ainda assim, foi uma atitude. Uma ação que me levou a um erro maior e que mais tarde se tornou o erro que finalmente mudou minha vida.

O que quero enfatizar aqui, é que se queremos ter um resultado diferente, devemos ter atitudes diferentes. Eu por vez, fiz uma escolha errada, mas posso dizer que de certa maneira mudou a direção da minha vida.